A riqueza natural do território funciona como berço para diversos tipos de manifestações culturais e encontro de diferentes etnias falantes da língua Tupi, da família linguística Mondé. Os Suruí se autodenominam paiter, que significa “gente de verdade, nós mesmos”.
Faz parte do cotidiano desse povo uma cultura material riquíssima e de complexidade avançada, com teares e técnicas de cerâmica belíssimas em que as mulheres são as grandes artesãs, produzindo biojoias, tecidos, cestaria e a famosa cerâmica Suruí (fonte: Instituto Socioambiental/ ISA).
O artesanato, assim como outros segmentos da cultura, representa a relação da humanidade com sua história e tradição, registrando o modo de ser e viver do nosso povo. Através dos saberes milenares as matérias mais simples se transformam em produtos valiosos e se tornam objetos desejados por consumidores de todo o mundo.
Com cerca de 10 mil artesãos em Rondônia, a arte é revelada no barro, na madeira, nas fibras, palhas e tantos outros materiais. O artesanato, além de ser constituído por diversas práticas e artes manuais, funciona também como ferramenta de reintegração social e resgate das identidades culturais dos povos (fonte: Portal Amazônia e Rotas Brasil).
O artesanato é um operador da integração cultural entre gerações e de uma bioeconomia que gera renda para as comunidades. As referências tradicionais servem ao mesmo tempo de resgate da memória ancestral do passado e inspiração para as ideias futuras. O artesanato de Rondônia tem potencial criativo para o posicionamento de sua marca no grande repertório das identidades culturais brasileiras.