
Iniciativa valoriza a cultura de comunidades tradicionais do Pará e leva o protagonismo feminino da bioeconomia à conferência do clima.
Um grupo de 15 artesãs paraenses, entre elas quilombolas, ribeirinhas e extrativistas, criou uma coleção exclusiva de biojoias que será lançada na COP30, em novembro, na capital paraense. A iniciativa faz parte do projeto Joias da Amazônia, que une tradição, protagonismo feminino e bioeconomia em uma vitrine internacional que coloca o conhecimento ancestral da floresta no centro das atenções globais.
No quilombo Boa Vista, em Oriximiná, oeste do Pará, Josane Santos transforma cerâmica, sementes e fibras em colares, brincos e pulseiras. A artesã aprendeu a técnica com a mãe e a avó, e hoje compartilha esse saber com o mundo, levando também a simbologia de seu território, onde o ciclo da maré e da floresta define o ritmo do trabalho. Ao lado dela, Nilma Arraes, designer e artesã da Região Metropolitana de Belém, cria peças a partir de escamas de peixe, caroços de açaí e outros insumos naturais.
As biojoias da coleção, que serão vendidas durante a COP30, simbolizam a valorização das culturas tradicionais da Amazônia e o fortalecimento de uma cadeia produtiva que respeita a floresta, gera renda e amplia a atuação das mulheres.
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