Conheça a mostra Mangue e Beats!
Sobre a Mostra Mangue e Beats
A exposição Mangue e Beats traça o histórico e faz um tributo ao movimento Manguebeat, surgido em Recife no começo dos anos 90, a partir da música e da atitude revolucionária de Chico Science. Apresenta de forma lúdica as influências do movimento sobre a música atual e outros setores, como a moda, e até sua associação ao artesanato pernambucano.
O visitante se depara com grandes imagens mostrando o manguezal, ecossistema característico de Recife, encontrado em todas as regiões de climas tropical e subtropical no planeta, e que se tornou símbolo e denominador da cena que misturou a cultural popular do maracatu, do coco, do cavalo marinho, ao hip-hop, rock e música eletrônica. Chico Science cresceu próximo ao manguezal, de onde muitos retiram seu sustento coletando caranguejos para consumo e comercialização. Esta realidade está presente no movimento.
Na trilha sonora da exposição, sons contemporâneos influenciados pelo Manguebeat e por Chico Science.
Na moda, criadores pernambucanos de moda autoral mostram peças referenciais à estética do movimento, que usou, em seus figurinos, muito brilho (como as vestes do maracatu), as cores vivas da chita, os chapéus de palha (marca registrada de Chico, assim como seus óculos Ray-Ban).
Uma ambientação recria o bar Soparia, ponto de encontro de todos os atores e adeptos da cena do Manguebeat, criado por Roger de Renor em 1992, frequentado por Chico Scinece e Nação Zumbi, Banda Mundo Livre S/A e muitos outros músicos que, de forma espontânea, se apresentavam no local. Objetos do próprio bar estão na exposição recriando o ambiente e um documentário conta essa história. Estará à venda na loja do CRAB o livro Soparia: De Boteco a Palco de Todos os Sons, de José Teles (Companhia Editora de Pernambuco), lançado na abertura da exposição.
No artesanato, peças nas quais se enxerga o Manguebeat, como esculturas de caranguejos, um dos principais símbolos do movimento, e peças de Mestre Abias, por exemplo, que usa galhos recolhidos no mangue para suas esculturas, trazendo aí também o conceito de reciclagem, usado no Manguebeat; da mesma forma, Artesanato feito com material coletado no mangue, como conchas de marisco. Destaque para a gola (que muitos chamam de capa) de maracatu, confeccionada por 8 dos 15 filhos do grande Mestre Salustiano, tendo como tema o Manguebeat, expresso no desenho de caranguejos e de Chico Science, que, em vida se aproximou muito deste Mestre brincante do maracatu, que lhe emprestava vestimentas de seu Maracatu Piaba de Ouro para ele usar nos shows.
Todo este universo estará presente na exposição, que traz, ainda, vídeos e o Manifesto do Manguebeat, escrito em 1992 por Fred Zero 4, um dos parceiros de Chico na efervescência do movimento.
Serviço:
Exposição: Mostra Mangue e Beats
Data: 29 de novembro de 2023 a 28 de fevereiro de 2024
Ingresso: Entrada gratuita (apresentação de documento com foto)
Local: CRAB Sebrae
Endereço: Praça Tiradentes, 69 – Centro, Rio de Janeiro (RJ)
Sobre o CRAB
O Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB), criado em março de 2016 em um prédio histórico da Praça Tiradentes, no Centro do Rio de Janeiro, realiza atividades que reforçam sua missão de promover o artesanato nacional e contribuir para qualificar a imagem dos produtos feitos à mão no Brasil. “O objetivo do CRAB é aumentar o valor de mercado dessa importante e linda arte popular, por meio do reposicionamento estratégico de sua cadeia produtiva”, explica o diretor de Desenvolvimento do Sebrae Rio, Sergio Malta.
Com uma rica programação de conteúdos e exposições, o CRAB celebra as manifestações culturais relacionadas ao artesanato, atraindo o público para o diálogo, sem perder a essência da Identidade Sebrae – agente estimulador do empreendedorismo por meio da competitividade e do desenvolvimento sustentável dos pequenos negócios. Nesse sentido, o CRAB é uma ferramenta mercadológica importante para o aperfeiçoamento e capacitação do setor socioeconômico, dando visibilidade às identidades culturais de todo o território brasileiro.
Desde sua inauguração, o CRAB realizou 30 grandes exposições e mostras; reestruturou seu acervo e sua política de conservação e catalogação de peças; desenvolveu, captou e disseminou conteúdos estratégicos do artesanato; estabeleceu o Programa de Visitas Guiadas, o Programa Educativo e o Programa Ocupações (com mostras de artesanato de todo o país); além de ter participado de diversos eventos estratégicos que contribuíram para o seu posicionamento enquanto equipamento cultural que dissemina conhecimento e experiências inventivas.
Em suas galerias estão ou passaram importantes trabalhos de artesanato, revelando histórias, origens e territórios. Atualmente, abriga uma coleção de 1.700 itens de todos os tipos, que representam a expressão da cultura popular e da criatividade brasileiras. Entre as obras mais significativas estão cerâmicas de Zezinha do Vale de Jequitinhonha (MG), de João Borges (Teresina-PI), João das Alagoas (Capela-AL), Maria Sil (Capela-AL) e as esculturas em madeira de Abelardo dos Santos (Ilha do Ferro-PI).