José Francisco Borges, mundialmente conhecido como J.Borges, morreu nesta sexta-feira, dia 26/7, aos 88 anos. Ícone da cultura popular brasileira pelo seu trabalho como xilogravurista e cordelista, o artista deixa um grande legado para a arte pernambucana e nordestina.

(Foto: de Lucas Van de Beuque)

Nascido em 20 de dezembro de 1935, na zona rural de Bezerros, a 100 km da capital Recife, José Francisco era filho do agricultor Joaquim Francisco Borges, que teve um papel essencial no seu envolvimento com a arte. As histórias contadas pelo pai despertaram o interesse de J. Borges pela poesia de cordel e, aos poucos, pela xilogravura.

Foto: Reprodução.

Ao longo da infância e adolescência, foi lavrador, marceneiro, vendedor de colher de pau, criador de cordel e apontador de jogo do bicho. Aos 17 anos, em 1956, começou a vender cordéis.

Ao longo de sua carreira, J. Borges produziu 314 folhetos de cordel e inúmeras xilogravuras expostas em museus renomados, como o Louvre, em Paris, e o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. Ele também ilustrou livros de autores famosos e foi o único artista brasileiro convidado a participar do Calendário da ONU em 2002. J. Borges também ganhou diversos prêmios, incluindo a Comenda Ordem do Mérito Cultural e o Prêmio Arte na Escola Cidadã.

(Fonte: O Globo e Metrópolis)