Artesão transforma palmeira em brinquedos e esculturas, mantendo vivas as tradições amazônicas e projetando a cultura paraense para outros continentes. 

Mestre Pirias (Foto: Carlos Borges)

No coração do Pará, em meio à exuberância da Amazônia, o artesão Josias Plácido Alcântara Silva, conhecido como Mestre Pirias, transforma o leve miriti em arte. Nascido em Abaetetuba, cidade reconhecida como capital mundial do brinquedo de miriti, ele imprime nas peças a identidade cultural paraense, traduzindo em formas e cores a vida ribeirinha e a tradição popular. A fibra de miriti, nas mãos do mestre, ganha vida e se transforma em brinquedos e objetos decorativos. 

A relação de Pirias com o artesanato começou cedo, ainda na adolescência, quando descobriu que podia dar continuidade à tradição regional. Cada corte e cada traço revelam não apenas habilidade técnica, mas também a memória coletiva do povo amazônico. Suas criações evocam o Círio de Nazaré, a fauna, a flora da região e a fusão cultural de indígenas, quilombolas e ribeirinhos que moldam a identidade do Pará. 

Com sensibilidade artística e dedicação ao aperfeiçoamento, Pirias levou o artesanato de miriti para além das fronteiras brasileiras. Suas peças já chegaram a países como Alemanha e França, conquistando admiradores pela originalidade e por compartilhar a expressão cultural paraense. Fundador da Miriti da Amazônia, o mestre agora aposta na expansão digital: prepara o lançamento de sua loja virtual e planeja alcançar novos mercados na América Latina, reafirmando o miriti como símbolo da cultura amazônica no mundo. 

 

Artista talha o miriti à mão, revelando o saber amazônico em cada traço 

Árvore de pássaros de miriti. (Foto: Instagram Mestre Pirias, 2021)

Embora destaque que o processo produtivo de suas peças seja algo simples, o mestre artesão, inspirado por uma sensibilidade artística única, manuseia o miriti, respeitando técnicas transmitidas por gerações e a tradição cultural do fazer à mão.  

 

Veja abaixo, cada etapa do processo produtivo. 

Coleta e preparação 

O trabalho começa com a retirada da casca do braço da palmeira, etapa que revela a matéria-prima leve e porosa que será transformada em arte. 

Corte da tala para extração da bucha. (Foto: G1 Pará, 2013) 

 

Modelagem 

O artesão utiliza uma faca para talhar a bucha, moldando as primeiras formas que darão vida às peças. Essa etapa exige precisão, pois o miriti é um material delicado e qualquer descuido pode comprometer o resultado. 

Talhando o miriti. (Foto: Miriti Amazônia, 2025)

 

Modelando o miriti. (Foto: Miriti Amazônia, 2025)

 

Selagem 

Concluída a escultura, a peça recebe uma camada de impermeabilizante, responsável por garantir maior durabilidade e resistência ao brinquedo. Em seguida, o objeto é lixado, processo que suaviza a superfície e prepara o material para a etapa final. 

Artesão passando impermeabilizante na peça. (Foto: Mestre Pirias, 2025)

 

Pintura 

O acabamento é marcado pela pintura, sempre vibrante e colorida, que confere identidade às criações, transformando cada brinquedo em um reflexo da cultura amazônica. 

Pintura do pássaro de miriti. (Foto: Rodrigo Pinheiro. 2025)

 

Com o miriti, Mestre Pirias fortalece tradições e gera oportunidades para famílias da Amazônia 

Mestre Pirias em oficina ensinando sobre embalagem sustentável. (Foto: Agência Pará, 2025)

A participação em eventos regionais e nacionais impulsiona as vendas do mestre Pirias. Após buscar capacitação, o artesão decidiu abrir sua empresa e, com o apoio do Sebrae – PA, estruturou o modelo de negócio para seu ateliê, Miriti da Amazônia. Ali produz e comercializa brinquedos e objetos decorativos feitos de miriti. 

Para ampliar a produção, passou a atuar também na formação de artesãos, com isso, desenvolveu cursos direcionados a núcleos familiares, que hoje são seus parceiros na produção. A empresa, com o apoio de seis famílias, além do núcleo liderado por Pirias, produz cerca de 2 mil peças por mês. Anualmente, o faturamento da empresa chega a R$ 120 mil, sendo a maioria gerada com as vendas para o Círio de Nazaré. 

 

Artesão compartilha saber e estimula a produção artesanal para a COP30 

Embalagem sustentável de Miriti, com aplicação de pintura serigráfica, criado especialmente para a COP 30. (Foto: Mestre Pirias.2025) 

Além de produzir suas peças, artesanalmente, e imprimir nelas a tradição cultural do miriti, mestre Pirias também se dedica a perpetuar esse conhecimento por meio da capacitação de artesãos. Compartilhar saberes é parte essencial de sua trajetória: em cursos e oficinas, ele transforma sua experiência em ferramenta de transmissão, ensinando técnicas, valorizando a identidade amazônica e incentivando práticas sustentáveis.  

Em julho de 2025, o artesão ministrou, no espaço São José Liberto, na cidade de Belém, oficina de produção de miniaturas em miriti voltadas para a COP30.  Durante o encontro, Pirias apresentou o processo produtivo completo, desde o corte da matéria-prima até a colagem e pintura. Na oficina, os participantes foram incentivados a criar, de forma artesanal, peças que refletissem a identidade cultural da Amazônia, transformando o aprendizado em souvenirs sustentáveis e de forte apelo regional. 

No primeiro trimestre do ano, o mestre artesão conduziu a oficina de Embalagens Sustentáveis em Miriti, também no São José Liberto, onde destacou a relevância da sustentabilidade aplicada ao artesanato, com foco na preservação ambiental e no fortalecimento da economia criativa.  A iniciativa foi resultado de uma parceria entre o Governo do Pará, por meio da Sedeme, e instituições como o Coletivo Amazônia Sustentável Pará, a Miriti Amazônia e a HB Design para que mais artesãos pudessem agregar valor aos seus produtos. 

 

Com raízes ribeirinhas e olhar inovador mestre Pirias conquista espaço no artesanato nacional 

Exposição de barcos organizada por Mestre Pirias. (Foto: Instagram Mestre Pirias, 2018)

A trajetória de Mestre Pirias é marcada por reconhecimentos que refletem sua excelência técnica e seu compromisso com a cultura amazônica. O artesão, por três edições consecutivas, conquistou o Prêmio Sebrae TOP 100 de Artesanato, respectivamente, nos anos de 2012, 2016 e 2023. O título é concedido para os melhores artesãos do Brasil em termos de qualidade técnica, inovação, responsabilidade socioambiental e gestão do negócio, e é considerado um dos mais importantes do setor no país. 

A premiação abriu portas para Pirias e, em 2024, participou do18º Salão do Artesanato, realizado no Pavilhão da Bienal, em São Paulo. O evento reuniu empreendedores de diversas regiões do país e ofereceu espaço para exposição, comercialização e troca de experiências entre profissionais do setor.  

 

Brinquedo de Miriti feito pelo Mestre (Foto: Instagram Mestre Pirias, 2018)

Sua presença no salão foi resultado do reconhecimento conquistado com oPrêmio Sebrae TOP 100. No estande daMiriti da Amazônia, o mestre-artesão apresentou cerca de120 peças feitas com a fibra do miriti, com destaque para brinquedos que retratam elementos da fauna e flora amazônica. 

 

Do tronco às raízes o miritizeiro revela a sabedoria amazônica 

Miritizeiro. (Foto: Aninha pelo Brasil, 2020)

O miritizeiro, palmeira típica das várzeas amazônicas e abundante em Abaetetuba, é considerado um verdadeiro presente da natureza. Dele, nada se perde: do talo leve usada no artesanato às folhas e frutos aproveitados no dia a dia das comunidades. Não à toa, o povo o batizou de “santa árvore”. Até as raízes da planta desempenham uma função importante. Por serem muito finas, quando entram em contato com a água realizam uma espécie de filtragem, tornando-a mais límpida e adequada ao consumo. Os ribeirinhos sabem que, onde há predominância de miritizeiros, a água ao redor costuma ser potável. 

A planta, além de ser utilizada na produção de brinquedos, também serve de base para a produção de placas de isolamento térmico e acústico, acessórios, processo de filtragem de água e como alimento.  

 

Miritizeiro em região alagadiça. (Foto: Aninha pelo Brasil, 2020)

Em 2005, pesquisadores da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) identificaram que a poda inadequada do miritizeiro colocava a espécie em risco de extinção. O alerta foi feito pela professora Gracialda Ferreira, doutora em Botânica e docente da instituição. Foram necessários 15 anos de estudos para compreender o impacto da extração e recuperar a produção local do miriti. Segundo a pesquisadora, o problema ocorreu porque, durante a retirada da matéria-prima, eram cortados os miritizeiros machos, responsáveis por liberar o pólen que fecunda as fêmeas e garante a regeneração natural da espécie. 

 

 

Abaetetuba, capital cultural do artesanato em miriti 

Cidade de Abaetetuba. (Foto: Fundação Nazaré, 2017)

Localizada na região nordeste do Pará, Abaetetuba é reconhecida como o berço do artesanato em miriti. Banhada por rios e igarapés, a cidade carrega uma forte tradição ribeirinha que se reflete na produção artesanal local. O nome, de origem tupi, significa “grupo de homens fortes” e revela a ancestralidade indígena que molda a identidade cultural da região. Durante o Círio de Nazaré, a cidade ganha destaque nacional com a venda de brinquedos de miriti, que encantam gerações pela leveza e simplicidade. 

O artesanato em Abaetetuba é uma prática cultural que atravessa gerações. Famílias inteiras se dedicam à produção de peças feitas à mão, transmitindo saberes que misturam técnica, memória e identidade.  

Hoje, o miriti permanece como símbolo de resistência e criatividade amazônica, uma matéria-prima que, nas mãos de mestres como Pirias, eterniza a cultura popular brasileira. 

 

Caixa de pássaros feita pelo Mestre (Foto: Instagram Mestre Pirias, 2018).

 

 

Referência bibliográfica 

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Fotos 

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