Artesanato no Amapá

artesanato no Amapá é produzido pelas diferentes referências que formam a cultura do estado, além de ser um operador da manutenção da memória dos saberes ancestrais dos povos originários, representa uma importante alternativa de fonte de renda para as comunidades locais.

Ora vista como arte, ora vista como artefato etnográfico, a produção indígena brasileira tem sido avaliada por um olhar mais aprofundado, que sublinha o característico processo do “fazer com arte” e a relação entre este fazer e a salvaguarda de conhecimentos tradicionais.

Cada vez mais, os consumidores procuram se certificar da origem dos objetos e, a partir da cultura material, adquirir conhecimento sobre o mundo. Atualmente, é grande o número de pessoas que busca adquirir produtos que sejam chancelados pela marca das produções genuínas, que atendam aos critérios das boas práticas e ao princípio do comércio justo

A riqueza desse repertório cultural representa um grande potencial para o desenvolvimento de coleções. Como exemplo, os chamados gifts, os brindes de empresas que, na forma de pequenos objetos, são ideias de produtos artesanais com grande capacidade de retorno comercial para as comunidades.

Cerâmica mineralizada do Maruanum

cerâmica mineralizada do Maruanum, região povoada por afrodescendentes é considerada, para as louceira desta comunidade, “sagrada” e a sua prática faz parte de uma tradição ritualística . Há uma determinação de regras, não oficiais, mas um pacto construído a partir de suas relações culturais, que define os rituais de produção desde a coleta da argila até a queima e acabamento das louças. A técnica é bastante rudimentar, confundindo-se com as técnicas indígenas de produção cerâmica, mas repleta de cantorias, que fazem do artesanato no Amapá um dos mais expressivos e representativos do Brasil.

Não há torno, nem maromba, apenas as mãos que vão moldando as peças, preparando a fogueira para a queima e por fim, o burilamento, na etapa de acabamento da peça. Cada louça tem cor diferenciada, meio acinzentadas, meio alaranjadas, em tons pastéis suavemente naturais. Fonte SEBRAE.

cerâmica do Maruanum é produzida através de uma das técnicas mais primitivas de confecção de louças já detectadas no Estado do Amapá. Existindo desde a escravidão de negros no Brasil, a cerâmica do Maruanum sobrevive graças ao artesanato em pleno século XXI. 

louceiras ceramica maruanum
louceiras ceramica maruanum

De fibras vegetais a sementinhas

Das fibras vegetais trançadas nascem objetos utilitários e cerimoniais: bolsas e chocalhos – ao bege típico do material, une-se o preto compondo geometrias e ziguezagues surpreendentes, como exemplificam a bolsa retangular e o chocalho cilíndrico.

bolsa de semente amapa

 

É no Parque do Tumucumaque que os povos originários Waiãpi produzem a sua arteUtilizando um processo, passado de geração em geração, totalmente manual e milenar, os entalhes, as cerâmicas e os significativos adornos pessoais, têm um alto valor cultural agregado. Os registros evidenciam a habilidade e maestria dos antepassados com relação à arte.  Esta cultura é uma herança riquíssima que os povos tradicionais incorporam à identidade brasileira. 

Participação em feiras

As participações do Amapá nas feiras nacionais de negócios do artesanato, como a Fenearte, têm sido bastante positivas para a economia para as muitas famílias dos artesãos do Estado. A qualidade da produção artesanal amapaenses têm sido bastante elogiada pela direção do Programa de Artesanato Brasileiro (PAB), sobretudo pelo acabamento e criatividade dos produtos

Herança cultural

O Governo do Estado do Amapá valoriza e incentiva o artesanato local, oferecendo capacitações; promovendo exposições nas ações de governo e financiando exposições em outros estados. Também oportuniza a geração de rendaenaltece a produção das peças de arte que retratam a cultura e a fé do povo tucuju.

Casa do Artesão, ligada à Secretaria de Estado do Trabalho e Empreendedorismo (Sete), é o espaço central que abriga mais de 30 mil peças confeccionadas em madeira, argila, cerâmica, fibras vegetais, palhas, cipós, sementes regionais, fios e tecidos. Além do ambiente, os artesãos também dispõem de outras vitrines para exposição e vendas de suas produções como o Museu Sacaca, Monumento Marco Zero do Equador e Aeroporto Internacional de Macapá – Alberto Alcolumbre, locais estratégicos e com grande fluxo de pessoas.

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