Palavra-chave – Balangandã, resistência afro-brasileira, povos escravizados, expressão de identidade, manifestação cultural, raízes históricas, artesanalmente, ancestral, saberes ancestrais, técnicas transmitidas, pingentes, joias de crioulas, valor simbólico, sincretismo religioso, escravização, geração em geração, reinventar, afrodescendente, artesanais, simbologia africana, mulheres negras, Bahia Colonial, memória, artesanato, amuleto, joia ancestral, símbolo de luta, penca de balangandã, transmitida oralmente, resistência cultural, ancestralidade baiana, conjunto de pingentes, conjunto de pingentes, joias-amuletos, saberes africanos, tradições africanas. 

 

 

 

Balangandã. (Foto: Ilê Áse Alaketu Odara Enikejí, 2017)

 

Balangandã, joia ancestral que atravessa gerações e celebra a herança afro-brasileira 

Entenda como o adorno percorreu séculos e territórios, transformando-se em símbolo de luta, memória e identidade cultural. 

 

Conheça o balangandã, objeto de origem africana que nasceu como amuleto de proteção e fonte de força espiritual. Trazido pelos povos escravizados e produzido artesanalmente, é símbolo da resistência negra no Brasil, carregado de saberes e técnicas ancestrais.  

Na Bahia, ele se consolidou como um feixe de pingentes reunidos em cordões, cada um com significados próprios, tais como proteção, fertilidade, liberdade, compondo uma linguagem visual que perpassa gerações. Como adorno, mulheres negras o vestiam, na altura da cintura, mas representavam ainda mais: expressão de luta, memória e conquista, os balangandãs funcionaram como moedas na economia clandestina, ao serem adquiridos por aquelas que podiam trabalhar para comprar sua alforria e de outras pessoas escravizadas. Como afirmação de suas origens africanas e sua religiosidade, o uso e confecção do balangandã fazia parte do sonho pelo fim da escravidão. 

O nome “balangandã” surgiu do som produzido pelo objeto. Quando os pingentes se chocam em movimento, criam um tilintar ritmado, quase como uma música que acompanha cada passo. Sua beleza visual é contemplada em conjunto com essa sonoridade, em sintonia com o corpo e com a vida de quem o usa. 

Penca de balangandãs em prata. (Foto: Ivanei da Silva)

 

 

Reconhecido entre as chamadas “joias de crioulas”, carregava o grande valor simbólico de identidade e pertencimento cultural da população negra brasileira. No século XX, consolidou-se como referência da identidade cultural baiana, presente em festas, trajes típicos e expressões artísticas que celebram a herança afro-brasileira e reafirmam raízes históricas. 

Desde então, o balangandã tem sido reinventado como peça de moda ou lembrança turística. Sua essência permanece como testemunho da resistência cultural africana no Brasil.  

 

 

Balangandã uso e significados de um objeto singular 

Obra “Negra tatuada vendendo caju”. Autor: Jean-Baptiste Debret, 1827 (Reprodução)

 

 

Produzido artesanalmente, o balangandã reúne conjuntos de pingentes como figas, frutos, moedas, chaves e miniaturas, que são escolhidos por seus significados simbólicos. Esse saber, preservado através da tradição oral, especialmente nas ruas de Salvador (Bahia), são relatados pela museóloga Sura Carmo, no artigo “A mutação de um patrimônio: a trajetória dos balangandãs de joia afro-brasileira a souvenir”. Entre os relatos mais recorrentes, os balangandãs originalmente pertenceriam aos senhores e, ao receber sete pingentes como presente, a mulher escravizada conquistaria sua liberdade, embora, segundo a narrativa popular, poucas chegassem a completar esse número. Outras histórias contam que as joias eram transmitidas de mãe para filha, como herança afetiva e simbólica. Além dessas, os significados de cada elemento presente nos balangandãs eram disseminados com interpretações específicas: a corrente representaria a escravidão; as duas pombas, a liberdade; e a nave (suporte dos pingentes), o navio negreiro. Esse conjunto de histórias reforça como o balangandã era, e segue sendo, um objeto carregado de memória e resistência. 

Ainda segundo estudos da pesquisadora, o balangandã originalmente era usado como amuleto, com cada pingente escolhido conforme a crença ou intenção de quem o usava, fosse proteção, sorte ou fertilidade. Entretanto, diferente de outros amuletos que permaneciam ocultos sob as roupas das mulheres negras,  o balangandã era feito para aparecer, ser exibido com orgulho. Sua função não se limitava ao campo espiritual.  

 

 

Balangandã entrelaça forma, função e fé em cada gesto artesanal 

Penca de balangandãs desmontada, em prata, com 31 elementos pendentes. Bahia, séc.XIX. Acervo Museu Carlos Costa Pinto. (Foto: Saulo Kainuma, 2000).

 

 

A tradicional penca de balangandãs é formada por três componentes principais: a nave (também chamada de galera), os elementos pendentes e a corrente de sustentação. 

A nave funciona como suporte dos pingentes. Geralmente com uma decoração elaborada na parte superior, essa estrutura articulada permite acesso à base semicircular e denticulada onde os pingentes são colocados. As partes superior e inferior são unidas por meio de um orifício lateral oposto à dobradiça, fechado com um pequeno parafuso. 

No acervo do Museu Carlos Costa Pinto, foram identificadas sete variações de nave, classificadas segundo o estilo decorativo do frontão. Os modelos mais frequentes exibem pássaros em repouso, voltados uns para os outros, ou aves com asas abertas em posição frontal.  

O balangandã revela um processo artesanal complexo, que demandava um grande domínio técnico e, não arbitrariamente, definia os símbolos que compunham a peça. Da fundição de metais à montagem personalizada dos pingentes, a produção dessas “joias crioulas”, carregavam significados espirituais, de proteção e de afirmação identitária (Universidade Federal da Bahia – UFBA). 

Etapas tradicionais de produção do balangandã 

  1. Fundição e preparação do metal – Os balangandãs eram confeccionados em metais como prata, ouro, latão ou cobre. Artesãos afrodescendentes, especialmente os negros malês, dominavam a fundição, técnica que consistia em derreter o metal e moldá-lo em formas básicas para posterior detalhamento.  
  1. Modelagem dos pingentes – Cada pingente representava um símbolo específico: frutas tropicais (fartura), figas (proteção), peixes (fertilidade), corações (amor), entre outros. A modelagem era feita manualmente ou com moldes rudimentares. 
  1. Montagem da penca – Os pingentes eram agrupados em uma argola ou corrente, formando a “penca” que balançava e emitia o som, dando origem ao nome “balangandã”. A disposição dos elementos era personalizada, refletindo a fé e os desejos de quem o usava. 

Em contextos religiosos, como no candomblé, o balangandã era consagrado conforme os preceitos do culto. A escolha dos pingentes obedecia à orientação espiritual, tornando cada peça única e carregada de significados pessoais. 

Hoje, os balangandãs continuam a ser produzidos, mas com materiais diversos que vão do ouro e prata a metais mais simples como latão e cobre. 

 

 

Balangandã é uma tradição viva que resiste e se reinventa  

Samba que samba no bole que bole 

Oi morena do balaio mole se embala do som dos tantãs 

Quebra no balacochê do cavaco e rebola no balacubaco 

Se embola dos balagandãs 

Mexe no meio que eu sambo do lado 

Vem naquele bamboleado 

Que eu também sou bam, bam, bam 

Ai, cai no samba 

Cai que o samba vai até de manhã 

– Mineira (João Nogueira e Paulo César Pinheiro) 

 

Ao longo dos anos, o balangandã ganha mais visibilidade e, incorporando novos materiais e linguagens visuais, manteve viva a simbologia que o conecta à ancestralidade.  

A música de João Nogueira e Paulo César Pinheiro canta como a artista Clara Nunes incorporou o balangandã. A artista inseriu em seu repertório signos negros ancorados na cultura brasileira, segundo Mariana de Toledo Soares, reafirmando o grande valor simbólico e histórico desse acessório. 

“Baiana”, Rodolpho Lindemann, Bahia, 1900. (FonteFoto: Acervo do Instituto Moreira Salles) 

Na Bahia, especialmente em áreas turísticas como o Mercado Modelo e o Centro Histórico, as tradicionais pencas de balangandãs seguem sendo comercializadas como joias e souvenirs culturais. A força simbólica o transformou em uma das lembranças mais representativas da região, preservando sua ligação com a ancestralidade baiana afrobrasileira. 

Para além das lembranças turísticas e da utilização como adorno, o balangandã passou a inspirar coleções artísticas e criações de designers contemporâneos.  

A designer e artesã baiana Camila Nascimento é um exemplo de como tradição e inovação se encontram na produção artesanal. Ela fundou a Dua, marca de joias e acessórios para casa que homenageia a ancestralidade com peças produzidas a mão tendo o latão sua principal matéria prima. Juntamente com Alberto Pitta, desenvolveram o broche-patuá Anísia para o Carnaval do Cortejo Afro 2025, em celebração ao centenário de Mãe Santinha de Oyá e às Jóias de Crioula. 

 

Peças da Dua. Foto: Instagram @somosdua 

Luís França, fundador de outra joalheria baiana: O Mago dos Metais. Com acessórios e amuletos ligados à religiosidade e proteção, as peças resgatam a ancestralidade do designer. Aprendeu a partir da observação, quando trabalhava com serviços gerais em uma joalheria. O fazer manual do artesão é guiado pela sua espiritualidade. 

 

Pingentes de ferramentas dos orixás em prata . Foto: O Mago dos Metais  

O elo entre Ogum, a arte e a liberdade 

 

Balangandã. (Foto: Jonas de Carvalho) 

Ogum é a divindade associada ao ferro, à forja e à batalha. Presente nas religiões de matriz africana do Brasil, no sincretismo o orixá aparece como Santo Antônio na Bahia e como São Jorge no Rio de Janeiro.  

Segundo o artigo “Balangandãs: Joias De Crioulas Dos Séculos XVIII e XIX e Suas Ressignificações Na Contemporaneidade”, o antropólogo Raul Lody associa o design dos balangandãs à representação de Ogum. O pesquisador aponta que os conjuntos de pingentes metálicos evocam as pencas de ferramentas que caracterizam o orixá, também presentes em colares usados por sacerdotes e iniciados.  

A ancestralidade do balangandã é viva no trabalho dos baianos Alessandro Teixeira e Mônica Vieira. Antônio Alexandre, pai de Alessandro, foi quem repassou o saber do trabalho artesanal com metais. Fundado pelo casal, o Ateliê Awo Omi tem a penca de balangandã como seu principal produto. Além dela, o Ateliê produz outras peças de representações sagradas em metal, seguindo as raízes da família.  

Família do Ateliê Awo Omi com a Penca de Balangandã. (Foto: Instagram @awo_omi) 

 

Ao longo dos séculos, o balangandã tornou-se expressão cultural da presença negra no Brasil. Seja em museus, letras de música, terreiros ou ateliês de design, o balangandã permanece como testemunho da resistência e da criatividade negra brasileira. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Referência bibliográfica 

 

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Fotos 

 

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