Mestre Petrônio seguiu o caminho do mestre Fernando, brincando com as formas que a própria natureza tem. Caminha pela mata com os olhos atentos. Olhos acostumados a ver muito além do que estamos acostumados a enxergar. “Eu amo andar no mato, sou bicho do mato, dos afluentes, falando com os animais. Quando eu estou trabalhando a mente está vazia”. Na mata busca madeira morta, galhos, raízes e nelas vê animais, formas e seres que vão ganhando mais nitidez e vida em suas mãos. “É o processo da paciência. Não tenho ambição. É você chegar e olhar raiz velha, tronco. Às vezes acontece de você andar um dia inteiro na mata e não encontrar nada e tem dia que no seu quintal você encontra uma forma linda”. Suas peças e esculturas são a materialização do seu fértil imaginário que contagia e impressiona quem vê. Imensos lagartos, formas retorcidas, criaturas mágicas que transportam para outro universo.