Fonte: site Arte Brasileiros
Trajetória de Vilma Eid, defensora da arte popular, é tema de exposição em São Paulo
Até 25 de maio, o Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, apresenta uma exposição dedicada à trajetória de Vilma Eid, galerista que há quatro décadas se dedica à valorização da arte popular brasileira. A mostra revisita obras de seu acervo pessoal e destaca a importância de sua atuação na inclusão desses artistas no circuito nacional e internacional.
Vilma se aproximou da arte aos 21 anos, quando visitou a galeria de Cesar Luiz Pires de Mello, no Cosme Velho, levada pela mãe. Encantada por uma pintura que mostrava uma relva com dois bois, obra de José Antônio da Silva, foi desencorajada a comprá-la por ser considerada “arte primitivista”. A imagem, no entanto, permaneceu viva em sua memória e, anos depois, ela buscou conhecer o artista pessoalmente. Desde então, Vilma construiu uma carreira como marchand e galerista valorizando a arte popular. Em 2004, fundou a Galeria Estação que, neste ano, completa 20 anos.
Parte da coleção de Vilma Eid é fruto de andanças pelo Brasil. Enquanto muitos colecionadores se limitam a frequentar ateliês urbanos ou grandes feiras de arte, Vilma pegava a estrada – ou mesmo o avião – para enveredar por regiões onde, até então, o circuito de arte oficial raramente chegava.
Com curadoria de Ana Roman e Catalina Bergues, a exposição mantém o caráter intimista, que enfatiza a fluidez entre os campos popular e erudito, questionando categorias rígidas e estimulando novas interpretações da arte nacional. A visitação é gratuita e acontece de terça a domingo, das 11h às 19h.
Referências:
https://artebrasileiros.com.br/arte/vilma-eid-uma-das-grandes-mecenas-da-arte-popular-brasileira/
https://artequeacontece.com.br/instituto-tomie-ohtake-dedica-mostra-a-colecao-de-vilma-eid/